Alunos da capacitação aplicada no P.A Fazenda Fartura, em Formosa - GO, exibindo os certificados do curso |
Semana passada encerramos mais um
ciclo do projeto "Rota da Sociobiodiversidade do Cerrado". Desta vez,
a Ecodata esteve presente nos municípios de Formosa, no P.A Fazenda Fartura, e
em Planaltina de Goiás, no distrito de São Gabriel, com pequenos produtores e
assentamentos da região.
Alunos e o agente da Ecodata, Fábio Marques |
No P.A Fartura, os alunos e o
agente da Ecodata, Fábio Marques finalizaram os dias de imersão com uma revisão
dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso, como estruturas de cooperativa,
administração, fluxo de caixa e conhecimentos básicos sobre exigências legais
para poderem comercializar os produtos obtidos com os frutos do Cerrado. Muitos
deles já haviam escutado sobre agroextrativismo, mas não tinham ciência de todo
o potencial, mas ainda assim desperdiçavam Baru e várias frutas por não sabe o que
fazer. O resultado entre a interação dos alunos e o agente da Ecodata foi um
projeto de despolpadeira de frutos do Cerrado, que consiste na criação de uma
fábrica de polpas. Inicialmente, o projeto beneficiará 150 famílias da
agricultura familiar em três assentamentos na Fazenda Fartura: AAFAF –
Associação dos Agricultores Familiares da Fartura; APRAF – Associação dos
Produtores Rurais do Assentamento Fartura; e APROCAN - Associação dos
Agricultores Rurais do Campo Novo.
Michele Guimarães e José Raimundo, da Zootec, no encerramento do curso |
A capacitação teve a Zootec
presente, que através da Michele Guimarães e do José Raimundo - coordenadora e
técnico da entidade, respectivamente – deu todo o suporte necessário para que o
curso pudesse ser aplicado.
No encerramento, estava presente também Luciana Caixeta, analista da SUDECO - Superintendência de
Desenvolvimento do Centro-Oeste,
Luciana Caixeta, entregando os certificados para os alunos |
que é o órgão parceiro que viabilizou que o projeto "Rota da Sociobiodiversidade do Cerrado" acontecesse.
Josiel Campos, da Fundação Banco do Brasil. Ele não estava representando
a entidade, mas sim por aquela região ser o lugar onde ele
O agente da Ecodata, Fábio Marques, o coordena- dor do projeto, Carlos Bomtempo e Josiel Campos, da Fundação Banco do Brasil |
mora. Segundo ele,
aquele foi um momento de muita alegria, pois conhecia boa parte dos assentados,
desde quando eles ainda estavam debaixo da lona. E depois, acompanhou o P.A
Fortuna desde antes de ser um P.A. E estar presente para ver pessoas das quais
ele acompanha a trajetória há mais de 10 anos é muito especial. E finalizou
explicando que é um imenso prazer ver que existe diálogo com os parceiros, pois
o governo tem uma demanda enorme de projetos a serem analisados, mas que por
falta de organização dos próprios documentos dos projetos, muitos nem são
lidos: “À todo momento, chegam inúmeros projetos para serem analisados. Logo,
um módulo de preparação e elaboração para que os projetos sejam executados é
importantíssimo. Vocês estão de parabéns por este módulo. É a experiência de
andar pelo Brasil afora, em parceria com vários órgãos, que proporcionam isso.
É perceber que existem muitas ideias boas, mas que precisavam de instrução para
serem traduzidas em documentos, pois a falta de organização destes faz com que
muitos projetos não sejam lidos além da primeira página. Faltava isso, que as
pessoas, os agricultores, pequenos produtores entendessem o que é fazer um bom
projeto. Então para mim, o módulo V – sem desmerecer os outros quatro módulos –
é o mais importante, pois é esse módulo que vai proporcionar, captar recursos
para investir nas ideias que vocês têm. Para mim, que trabalha numa entidade
que lida com projetos de diversos setores e tipos, posso afirmar que faltava
isso: capacitar para que os projetos tenham conteúdo. Então, vocês que estão
encerrando esse módulo aqui hoje estão de parabéns, podem contar comigo", disse Josiel.
Sizelmo, Jucélia e Maria, apresentando o projeto para os presentes |
Sizelmo Vieira, morador do P.A Fortuna disse que o curso foi
muito instrutivo e eficiente: “Eu aprendi coisas que nem pensava em aprender.
Tudo foi muito bem explicado. E para o futuro, espero que a gente aproveite bem
o que aprendemos, que seja montada a indústria de acordo com o que foi feito
aqui nesses dias, que seja produtivo, que proporcione uma vida melhor,
aproveitando a biodiversidade do Cerrado, as frutas”, afirmou.
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