terça-feira, 16 de outubro de 2007

FASE 2 - Oficinas (2a. Etapa)


As oficinas para levantamento de dados sobre a cadeia produtiva do agroextrativismo foram realizadas nos dias 1 e 2 de junho de 2007 , consecutivos à realização do Seminário. Para isso, dividiu-se 2 subgrupos para discutir as principais atividades e gargalos encontrados nas etapas da cadeia produtiva do agroextrativismo conforme se segue:

1. Coleta e Beneficiamento: como se preparar para a coleta; a coleta; o que fazer com o fruto; como e com que processar; levantamento das dificuldades econômicas encontradas no processo produtivo; legislação (o que pode, o que não pode, como pode e como poderia); quem somos; e, e o que queremos.

2. Industrialização e comercialização: o produto para indústria; etapas da industrialização (como ocorre); técnicas e tecnologias; legislação; comercialização e organização social.

A metodologia utilizada para a realização desse trabalho foi baseada no enfoque participativo, para isso as principais ferramentas utilizadas foram:

- Trabalho em pequenos grupos: é adotado para aumentar a eficácia da comunicação e garantir um momento intensivo de criação, gerando idéias que possam ser o ponto de partida para a discussão em plenária.

- Apresentação em plenária:
são utilizadas para o aperfeiçoamento e lapidação das idéias geradas nos grupos.

- Visualização móvel: consiste no registro visual contínuo de todo o processo. Procura manter as idéias sempre acessíveis a todos. Desse modo as contribuições não se perdem, tornam-se mais objetivas e transparentes para todo o grupo.

- Figura do Moderador: é o elemento de equilíbrio, o catalisador para as diversas idéias que aparecerão decorrentes do processo grupal. Ele procura não interferir no conteúdo das discussões, e tem somente a responsabilidade de facilitar o processo metodológico.

Com os resultados das oficinas de construção para auxiliar a formação da metodologia de capacitação, as pessoas sugeriram a necessidade e a importância da realização de capacitações e acompanhamento das etapas de coleta e processamento. É necessária uma capacitação que tenha como princípio o “aprender fazendo” e o “fazer, fazendo” do enfoque participativo. Os agroextrativistas estão cansados de técnicos que só apresentam a técnica. O que querem são pessoas que acompanhem na prática e de perto o trabalho agroextrativista.

Diante dos resultados expostos nas oficinas o grupo selecionou os temas prioritários para a capacitação que contemplam as necessidades e dificuldades relacionadas à atividade produtiva, como :

1. Identidade do agroextrativista;
2. Marco legal (legislação);
3. Políticas Públicas;
4. Associativismo e cooperativismo;
5. Formação de rede;
6. Como envolver o produtor, proprietário rural, com o agroextrativista;
7. Potencial do Cerrado;
8. Produzir (coleta) e conservar;
9. Beneficiamento;
10. Tecnologia e pesquisa;
11. Assistência técnica especializada;
12. Acesso a financiamentos;
13. Mercado Institucional;
14. Marcos patentes selos e certificados;
15. Mercado de Produtos do Cerrado;

Como última atividade das oficinas, os participantes fizeram, em um grande MAPA DA ROTA DO AGROEXTRATIVISMO, mapeando os municípios da Bacia de maior ocorrência da atividade, qual ou quais etapas da cadeia estavam mais presentes nesses municípios, quais as principais espécies e produtos e o escoamento da produção.

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Este espaço é um fórum de discussão para a construção participativa de uma Metodologia para Capacitação de Agroextrativistas do Cerrado. É um Projeto desenvolvido pela Ecodata, em convênio com o PNQ/FAT/Ministério do Trabalho e Emprego desde dezembro de 2006. Atualmente, o projeto mantém convênio com o Ministério da Integração/SUDECO.

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