Objetivo do encontro foi avaliar os
15 projetos e apresentar o 16°
No dia 28 de julho a Ecodata e a Sudeco/Ministério da
Integração reuniram os líderes das 15 comunidades participantes do Projeto Rota da Sociobiodiversidade do
Cerrado para fazer uma avaliação sobre o andamento dos projetos
desenvolvidos durante os cursos. O projeto Rotas
da Sociobiodiversidade do Cerrado foi viabilizado
pelo convênio firmado em 2012, entre a Ecodata e a Sudeco/Ministério da
Integração. Esse projeto foi desenvolvido com o objetivo de fortalecer a cadeia
de produtos do cerrado, promovendo acesso às linhas de crédito e ao fomento, e
a articulação dos agroextrativistas para inserção dos produtos no mercado.
Momento do discurso do conselheiro, e sócio fundador da Ecodata, Júlio Valente Júnior |
Estiveram presentes na reunião, o presidente do Conselho da
Ecodata, Donizete Tokarski, o Presidente, Julio Ramirez, os conselheiros e sócios
fundadores da Ecodata, Júlio Valente Júnior e Sebastião de Souza, o Coordenador
Geral de Articulação, Planos e Projetos Especiais da Sudeco, Agnaldo Moraes, os
analistas da Sudeco, Luciana Caixeta e Carlos Henrique de Araújo Filho, a
representante do Diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de
Valor do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), Maria Duringer Lima, a
consultora do Ministério Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e da
FAO, Aline Martins, o prefeito do município de
São João D'Aliança, Atos Antônio Ferronato,
Secretários Municipais dos municípios goianos envolvidos, além de representantes das cooperativas e associações de cada
um dos 15 municípios.
Os participantes fizeram uma boa avaliação dos cursos e dos
projetos desenvolvidos. Florentina, do P.A. Fartura, de Formosa, se mostrou
animada: “Queremos implantar o projeto, crescer, fazer uma empresa e de lá
tirar todo o nosso sustento. Eu acompanho todos os cursos da Ecodata e são
excelentes, esclarecem muita coisa de forma bem didática.”
Jucélia Mendes de Sousa - Presidente da Associação do Bonsucesso |
Vários outros envolvidos deram seus depoimentos a respeito da
avaliação que fizeram dos cursos e a expectativa em relação à concretização dos
projetos:
“Minhas expectativas em relação ao projeto são as melhores
possíveis, foi uma luz no túnel que apareceu para darmos continuidade ao
trabalho que sonhamos. Esse projeto nos proporcionou trabalhar com as outras
associações e com o município e a Ecodata foi quem provocou isso através do
curso, que foi de fundamental importância, e para mim, uma experiência
inovadora. Saímos todos mais esclarecidos, com a missão de gerar renda para os
municípios e para a nossa comunidade, e conseguiremos, tenho absoluta certeza
disso”, declarou Domingas Gouveia de Carvalho, Presidente da Associação da Comunidade
do Quilombo de Uruaçu.
Domingas Carvalho - Presidente da Associação da Comunidade do Quilombo |
Agnaldo Moraes (Sudeco), que vem acompanhando o trabalho da
Ecodata na formação das comunidades para o agroextrativismo no cerrado, se
disse satisfeito com o depoimento dado pelos participantes e com a evolução que
ele pôde perceber nos alunos dos cursos. “O nosso melhor parâmetro não pode ser
a gente mesmo, nosso melhor parâmetro tem que ser com o outro. Se o outro não
está bem como eu posso me sentir bem? Eu me emocionei quando vi que vários
alunos que participaram dos módulos anteriores hoje são secretários municipais.
Isso pra mim é fantástico, mostra que o caminho foi bem trilhado! A Ecodata,
mais do que capacitação técnica, promove uma formação cidadã”.
Agnaldo Moraes e Luciana Caixeta - Sudeco/Ministério da Integração |
Donizete Tokarski também falou sobre a formação de uma
consciência cidadã, com responsabilidade social, ao lembrar que Francisco de
Assis, ex-carvoeiro, que, após participar de cursos da Ecodata, desenvolveu uma
percepção ambiental que antes não tinha. “No dia em que selecionamos o
Francisco pra trabalhar na Ecodata vieram várias pessoas alertar que ele era
carvoeiro, para que nós não o contratássemos. Então pensamos, se ele entrou aqui
carvoeiro vai mudar o pensamento e sair outra pessoa. E foi o que aconteceu, inclusive
após essa educação ambiental ele chegou a ser Secretário Municipal de Meio
Ambiente, ou seja, se nós não acreditássemos no Francisco ele seria carvoeiro
até hoje”.
Francisco, que atualmente é Secretário Municipal da Defesa
Civil de Niquelândia, ratificou as palavras de Donizete e complementou: “Deus
não escolhe os preparados, mas capacita os escolhidos. Eu tinha 90 fornos de
carvoaria, hoje não quero mais saber desse negócio, meu interesse agora é
ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância de se preservar o meio
ambiente”.
Odécio Rossafa, instrutor da Ecodata, explicando como será o 16° projeto da "Rota" |
Após concluírem a avaliação, foi apresentado o 16° projeto
da Rota da Sociobiodiversidade do Cerrado
– o Cerrado Forte – que consiste em uma rede de negócios sustentáveis com foco
no agroextrativismo do Cerrado goiano, que receberá apoio técnico da Ecodata
aos 15 projetos em 2016. Todos os representantes das comunidades se mostraram
interessados em participar.
O 16º projeto criará de um Conselho Gestor, formado por
representantes de cada um dos municípios onde foram realizados os cursos, para
que os empreendimentos tenham possibilidade de ter uma boa estrutura
administrativa, contábil, e que haja condições de transparência dos processos.
Francisco de Assis Souza, ex carvoeiro e atual Secretário da Defesa Civil de Niquelândia |
“Eu senti que este é um projeto elaborado com bastante
seriedade, a Ecodata trabalha com seriedade, tem nome e credibilidade, e a
nossa comunidade está sendo privilegiada desde já”, disse Vânia Torres dos
Santos, da Associação P.A. Santa Maria, de São João d´Aliança.
O instrutor da Ecodata, Odécio Rossafa, também falou sobre a
vontade de realizar o 16° projeto: “O que nos interessa agora é trabalhar com a
formação, orientação e acompanhamento. Nós queremos estar juntos colaborando
para o desenvolvimento e sucesso desses projetos”.
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